Saudade de viajar e explorar novos destinos é o que não falta para a maioria das pessoas. Diversos setores da economia mundial foram afetados com a chegada da pandemia do novo coronavírus, principalmente o setor de turismo. Com isso, nosso comportamento mudou e algumas dessas mudanças perdurarão por mais tempo. Listamos para você então 5 tendências disruptivas do mercado de viagens, levantadas pelo portal Fast Company, referência em business, tecnologia, design e inovação, através de entrevista com CEOs da área mundo afora.
Tendência 1: crescimento das viagens à lazer e redução das viagens à trabalho
Mark Hoplamazian, CEO da Hyatt Hotels, analisa a recuperação do setor do turismo na China, primeiro país afetado pelo vírus, e percebe que grande parte dos turistas buscam relaxar e se divertir com a família. Viagens corporativas ou à trabalho, segundo ele, tendem a decrescer, sendo um dos motivos disso a digitalização online e adesão ao home office. “Conversei com muitos CEOs, especialmente os de nossos maiores clientes, e eles estão procurando maneiras de criar uma experiência mais híbrida para seus colegas. No momento, eles estão focados no trabalho remoto”, afirma Mark.
Tendência 2: economia nas viagens
A pandemia afetou, como exposto anteriormente, diversos setores, logo, boa parte da população viu sua renda baixar. Desse modo, o mercado de turismo também sentirá as consequências pelo comportamento de consumo e demanda por viagens mais em conta e estadias curtas. Hotéis e resorts de luxo irão, conforme os CEOs da entrevista, ver uma recuperação ainda mais lenta.
Tendência 3: refeições no quarto
Para manter o máximo de segurança e medidas de distanciamento social, hotéis, pousadas e resorts terão que se adaptar ao lema do “mais espaço, menos gente”, oferecendo opções de refeições no quarto ou à la carte. Espaços de convivência ou buffet serão utilizados para outros fins ainda por algum tempo.
Tendência 4: flexibilidade nas reservas
Reservas de passagens aéreas, hotéis, restaurantes e até eventos serão mais flexíveis e terão que oferecer um período de cancelamento gratuito maior, aposta Steve Hafner, co-fundador e CEO do Kayak e CEO da plataforma de reservas de restaurantes OpenTable. “Introduzimos reservas para bares porque se você era dono de um bar e tinha uma longa fila de pessoas na frente esperando para entrar, isso costumava ser considerado uma coisa boa. Nada disso funciona no mundo COVID-19. Você precisa gerenciar a capacidade”, afirma à Fast Company.
Tendência 5: crescimento de viagens nacionais e regionais
Viajar localmente parece ser a opção mais viável para os fascinados por turismo. Então, a demanda por viagens curtas e destinos próximos é a tendência mais forte até agora, relata Joe Gebbia, co-fundador e diretor de produtos do Airbnb. “Esse grande interesse em viagens domésticas estará conosco por muitos anos. Vai além da chegada de uma vacina. As pessoas terão uma tolerância diferente a correr os riscos de uma viagem. Além disso, dado o clima econômico em que vivemos, as pessoas devem procurar viagens mais acessíveis. E, às vezes, isso significa ficar praticamente em “seu próprio quintal”.” conta ao entrevistador.
Qual outra tendência para o mercado de turismo você já percebeu? Conta aqui nos comentários!